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Exames realizados a partir de 01/07/2022

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Vacinas e doenças preveníveis

  • Vacina BCG

    O que previne:

    Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).

    Do que é feita:

    É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. Completam sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%).

    Indicação:

    A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até os 5 anos de idade.

    Outras recomendações: Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra); estrangeiros ainda não vacinados e que estejam de mudança para o Brasil.

    Contraindicação:

    Pessoas imunodeprimidas e recém-nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação.
    Prematuros, até que atinjam 2 kg de peso.

    Esquema de doses:

    Dose única.

    Local de aplicação:

    Intradérmica.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.

    Na maioria das vezes, haverá uma reação no local da aplicação com posterior formação de cicatriz. É importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos, pois trata-se de uma resposta esperada e normal à vacina.

    A revacinação de crianças que não desenvolveram cicatriz deixou de ser recomendada pelo Ministério da Saúde em fevereiro de 2019.

  • Vacina Hepatite B

    O que previne:

    Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    É composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio.

    A rede pública utiliza a apresentação multidose (mais de uma dose por frasco), que contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

    Indicação:

    Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

    Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

    Contraindicação:

    Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.

    Esquema de doses:

    Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento e aos 2 e 6 meses de vida.
    Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos (eventualmente não vacinados no primeiro ano de vida), o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses com intervalo de um mês entre primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.
    Prematuros vacinados ao nascer necessitam, obrigatoriamente, de quatro doses.
    Para crianças a partir de 12 meses de idade, adolescentes e adultos, as clínicas privadas de vacinação dispõem ainda da vacina que combina hepatite A e hepatite B em uma única injeção. Em menores de 16 anos, duas doses com intervalo de seis meses. Nas maiores, o esquema é de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.
    Pessoas com comprometimento do sistema imunológico necessitam de dose dobrada em quatro aplicações (esquema 0-1-2-6 meses), para melhorar a resposta ao estímulo produzido pela vacina. Devem realizar exames periódicos para acompanhar os níveis de anticorpos e, sempre que a quantidade diminuir, receber um reforço com dose dobrada.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais que 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.
    Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.
    A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se foi apenas coincidência. Nestes casos, as manchas roxas ou avermelhadas na pele e a diminuição da contagem de plaquetas que caracterizam a doença surgiram poucos dias a até dois meses depois da vacinação.
    Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.
    Tais eventos adversos estão relacionados à vacina hepatite B isolada. Aqueles associados às vacinas combinadas com componente hepatite B podem ser encontrados nos tópicos que tratam de cada uma especificamente: DTPa-VIP-HB/Hib e DTPw-HB/Hib e vacina combinada hepatite A e B.

  • Vacina Pneumocócica 13

    O que previne:

    A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

    Do que é feita:

    Trata-se de uma vacina inativada, portanto não têm como causar as doenças.

    A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.

    Indicações:

    Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC13.
    Para crianças com mais de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.
    Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23

    Contraindicação:

    Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.

    Esquemas de doses:

    O Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, em 2016, na rotina de vacinação infantil, duas doses com intervalo mínimo de 2 meses no primeiro ano de vida e uma dose de reforço aos 12 meses de idade.

    Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

    Para maiores de 50 anos: dose única.
    Para os maiores de 60 anos, recomenda-se complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).
    Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina PCV10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Efeitos e eventos adversos:

    Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.
    Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
    Os eventos adversos são mais frequentes quando as vacinas são aplicadas no mesmo dia que a vacina DTPw-HB/Hib.

  • Vacina Pneumocócica 23

    O que previne:

    Doenças causadas por 23 tipos de pneumococos.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    É composta de partículas purificadas (polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos de Streptococos pneumoniae (pneumococo), cloreto de sódio, água para injeção e fenol.

    Indicação:

    Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).
    Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.
    Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.

    Contraindicação:

    Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina.

    Esquemas de doses:

    Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC10 ou VPC13) — veja as indicações de cada uma — e aplicar uma dose da VPP23 seis a doze meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.
    Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.
    Todas as reações adversas são mais frequentes após revacinação com períodos de tempo curtos. Acredita-se que estejam relacionadas com a presença de grande quantidade de anticorpos no organismo.

  • Vacina Rotavírus Pentavalente

    O que previne:

    Doença diarreica causada por rotavírus.

    Do que é feita:

    Vacina oral atenuada pentavalente (VR5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.

    Indicação:

    Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.

    Contraindicação:

    Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.

    Esquema de doses:

    Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.
    Sobre ambas as vacinas – A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 dias. Se houver atraso, a imunização não poderá ser feita. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.

    Via de aplicação:

    Oral.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Adiar a vacinação em bebês com febre moderada a alta (acima de 38⁰C) ou diarreia intensa, até que ocorra a melhora desses sintomas. Não há problema se a febre for baixa ou a diarreia de leve intensidade, sem provocar desidratação.
    Bebês de mães portadoras do vírus HIV podem ser vacinados se não tiverem sinais de deficiência imunológica.
    Não há problema em vacinar bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica.
    Não é preciso dar outra dose se o bebê golfar ou regurgitar após tomar a vacina.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
    Eventos adversos inesperados ou graves devem ser notificados.

    Efeitos e eventos adversos:

    Sintomas de gastrenterite ocorrem em menos de 10% dos vacinados. Nos Estados Unidos, de 2006 e 2012, foram aplicadas 47 milhões de doses da vacina. Nesse período, ocorreram 584 casos de invaginação entre três e seis dias após a primeira dose da vacina. Esse total é muito próximo da quantidade esperada em crianças não vacinadas, o que demonstra que o risco oferecido pela vacina é pequeno.

  • Vacina Meningite ACWY

    O que previne:

    Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    Contém antígeno formado por componentes das cápsulas das bactérias (oligossacarídeos) dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; sacarose; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.

    Indicação:

    Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
    Para adultos e idosos, dependendo da situação epidemiológica.
    Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.
    Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

    Contraindicação:

    Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

    Esquema de doses:

    As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças, adolescentes e adultos. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.
    Para crianças, a vacinação deve iniciar aos 3 meses de idade com três doses no primeiro ano de vida e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.
    Para adultos, dose única.

    Via de aplicação:

    Exclusivamente pela via intramuscular profunda.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
    Pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.

    Efeitos e eventos adversos:

    Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.
    As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

  • Vacina Febre Amarela

    O que previne:

    Febre amarela.

    Do que é feita:

    No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pela rede privada. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação a presença de gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-Manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública, e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pela rede privada. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. A vacina de Biomanguinhos apresenta em sua formulação a presença de gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Já a da Sanofi Pasteur contém: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina.

    Ambas têm perfil de segurança e eficácia semelhantes (estimada em mais de 95% para maiores de 2 anos). Os estudos para o uso de doses fracionadas, recomendado apenas durante campanhas do Ministério da Saúde, em localidades bem definidas,foram realizados apenas com a vacina de Bio-Manguinhos, portanto não há autorização para a administração de doses fracionadas da vacina da Sanofi Pasteur.

    Indicação:

    Crianças a partir de 9 meses de idade, adolescentes e adultos que vivem em regiões brasileiras classificadas como áreas de recomendação de vacinação, ou em viagem nacional/internacional de risco para a doença, ou com obrigatoriedade de comprovação da vacinação.

    Devido ao importante aumento de casos da forma silvestre da doença e ao temor do retorno da forma urbana, o Ministério da Saúde decidiu ampliar gradativamente a área com recomendação de vacinação (ACRV) para todo o país. Até o momento, estão contempladas as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, a Bahia, o Maranhão e alguns municípios do Piauí e Alagoas. A previsão é a de que o Nordeste seja considerado ACRV em sua totalidade até abril de 2019.

    A comprovação de vacinação é exigida por alguns países (acesse a lista) a viajantes brasileiros, já que o Brasil é considerado endêmico para a doença.

    O documento internacional de registro da vacina chama-se Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Para emissão do CIVP, é preciso procurar os serviços públicos ou privados habilitados para tal, pessoalmente, e apresentar um documento de identidade com foto e a caderneta de vacinação com o registro da vacina. Quando há contraindição para a vacinação, o médico deverá emitir o certificado de isenção da vacinação contra febre amarela com a justificativa da isenção. O documento permite a entrada de não vacinados nos países que exigem o CIVP de pessoas provenientes de regiões endêmicas.

    Contraindicações:

    Crianças abaixo de 6 meses de idade.
    Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada por exame de laboratório.
    Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.
    Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina.
    Contraindicada em mulheres amamentando bebês com menos de 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias. Procure o pediatra para mais orientações.
    Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
    Pacientes com câncer.
    Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).
    Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
    Em princípio há contraindicação para gestantes, mas a administração deve ser analisada de acordo com o grau de risco, por exemplo, na vigência de surtos.
    A vacinação de indivíduos a partir de 60 anos deve ser evitada, a menos que haja alto risco de infecção.

    Esquema de doses:

    Nas áreas brasileiras com recomendação de vacina:

    Rotina: dose única a partir dos 9 meses e até os 59 anos.
    Em situações de risco (municípios onde haja circulação do vírus da febre amarela com registro de casos em humanos), idosos, gestantes e outros grupos de precaução devem ser vacinados, desde que não haja contraindicação.
    Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada, em especial para aqueles vacinados antes dos 2 anos de vida pela maior possibilidade de falha vacinal primária.

    Para viajantes com exigência da vacinação e apresentação  do CIVP é recomendada a comprovação de apenas uma dose na vida, obrigatoriamente a dose plena padrão, aplicada no mínimo dez dias antes da viagem.

    Recomedações para grupos com precaução para vacinação:

    A relação risco-benefício da vacinação deve ser avaliada em pessoas que apresentem algumas condições clínicas especiais. Nesses casos, está indicada a dose padrão. São situações que merecem essa precaução:    

    Gestantes e maiores de 60 anos;

    Pessoas vivendo com HIV/Aids, assintomáticas e que apresentem o LT-CD4 ≥ 350 células/mm3. Poderá ser utilizado o último exame de LT-CD4 (independentemente da data), desde que a carga viral atual (menos de seis meses) se mantenha indetectável;
    Pessoas após término de tratamento com quimioterapia (venosa ou oral) e sem previsão de novo ciclo: administrar a vacina após três meses do término da quimioterapia;
    Pessoas que fizeram uso de medicamento anticélulas B e Fludarabina: aguardar seis meses de intervalo;
    Pessoas submetidas a transplante de células tronco hematopoiéticas: administrar a vacina a partir de 24 meses após o transplante se não houver doença do enxerto versus hospedeiro e/ou recaída da doença de base e/ou uso de imunossupressor;
    Síndrome Mieloproliferativa Crônica: administrar a vacina se padrão laboratorial for estável e com neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;
    Síndrome Linfoproliferativa: administrar a vacina três meses após o término da quimioterapia (exceto no caso de uso de medicamento anti-células B, quando o intervalo deve ser de seis meses);
    Doenças hematológicas:
    Hemofilia e doenças hemorrágicas hereditárias: administrar a vacina conforme orientação do Calendário Nacional de Vacinação. Recomenda-se o uso de compressas frias antes e depois da aplicação da vacina;
    Doença Falciforme: sem uso de hidroxiureia: administrar a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação; em uso de hidroxiureia: administrar a vacina somente se contagem de neutrófilos acima de 1500 céls/mm³;

    Via de aplicação:

    Subcutânea.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre recomenda-se adiar a vacinação até a melhora.
    A administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doenças autoimunes deve ser avaliada com cuidado, pois pode haver imunossupressão nesses pacientes.
    Pacientes transplantados de células de medula óssea também devem ser avaliados, considerando o estado imunológico e o risco epidemiológico, respeitando-se o período mínimo de 24 meses após o transplante.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades de Saúde.

    Efeitos e eventos adversos:

    Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados. Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados. Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas. Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos. Já a doença nos órgãos, chamada “viscerotrópica”, neste mesmo período, ocorreu em 21 pessoas (0,04 caso em cem mil vacinados).
    Entre os eventos locais, a dor no local de aplicação ocorre em 4% dos adultos vacinados e um pouco menos em crianças pequenas, e essa dor dura um ou dois dias, na forma leve ou moderada.
    Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes e acontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nas segundas doses.

  • Vacina Pentavalente e Hexavalente

    Vacina quíntupla acelular (também chamada “penta’) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib): DTPa-VIP/Hib.
    Vacina sêxtupla acelular (também chamada “hexa”) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (HIb): DTPa-VIP-HB/HIb.

    O que previne:

    DTPa-VIP/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.
    DTPa-VIP-HB/HIb: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.

    DTPa-VIP/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado e vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

    DTPa-VIP-HB/HIb: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

    Indicação:

    As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

    Contraindicações:

    Maiores de 7 anos.
    Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
    Anafilaxia a qualquer componente da vacina.
    Esquema de doses:

    Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
    Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
    Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

  • Vacina Influenza Tetravalente / Influenza Quadrivalente

    O que previne:

    Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    Sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância nos hemisférios Norte e Sul. As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo.

    Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B.

    Quando a apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

    Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.

    Indicação:

    Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

    Contraindicação:

    Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.

    Esquemas de doses:

    Para crianças de 6 meses a 9 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual.
    Para crianças maiores de 9 anos, adolescentes, adultos e idosos: dose única anual.
    Para menores de 3 anos, na dependência da bula do fabricante, o volume a ser aplicado em cada dose pode ser de 0,25 mL ou 0,5 mL.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.
    No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.
    Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.
    Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.
    Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não. Até hoje não se sabe se a vacina influenza pode de fato aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos que já a tiveram. Também é importante saber que alguns vírus podem desencadear essa síndrome.

  • Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) – SCR

    O que previne:

    Sarampo, caxumba e rubéola.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.

    No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).

    Indicação:

    Crianças, adolescentes e adultos.

    Contraindicação:

    Gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.
    A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

    Esquemas de doses:

    Para ser considerado protegido, todo indivíduo dever ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
    Para crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam como rotina duas doses: uma aos 12 meses e a segunda quando a criança tiver entre 1 ano e 3 meses e 2 anos de idade, junto com a vacina varicela, podendo ser usadas as vacinas separadas (SCR e varicela) ou a combinada (tetraviral: SCR-V).
    Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um a dois meses.
    Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela [tetraviral: SCR-V]). Também podem se vacinar gratuitamente indivídos até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e indivíduos entre 30 e 49 anos (uma dose).
    Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

    Via de aplicação:

    Subcutânea.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.
    Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.
    Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
    É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
    Febre alta (maior que 39,5⁰C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
    Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
    A associação da vacina com autismo foi totalmente descartada.
    Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foi descrita na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina tríplice viral.
    Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.
    Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.
    A anafilaxia é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, contraindicam-se doses subsequentes.

  • Vacina Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – SCR-V

    O que previne:

    Sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola, da caxumba e da varicela (catapora), lactose anidra, sorbitol, manitol, aminoácidos, traços de neomicina e água para injeção. Contém traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.

    Indicação:

    A vacina SCR-V está recomendada para crianças e adolescentes com menos de 12 anos em substituição às vacinas tríplice viral (SCR) e varicela, quando a aplicação destas duas for coincidente.
    O Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou a vacina SCR-V para a aplicação da segunda dose da vacina SCR e dose única da vacina varicela.

    Contraindicação:

    Gestantes; pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação; história de anafilaxia após dose anterior da vacina ou a algum componente.
    A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. O teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, recomenda-se que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

    Esquemas de doses:

    Para ser considerado protegido, todo indivíduo dever ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade.
    A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina, com intervalo de três meses: aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade. Se não for possível usar a quádrupla, é possível substituí-la pela tríplice viral (SCR) e a vacina varicela.
    Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um mês.
    O sistema público disponibiliza na rotina duas dose de varicela: na apresentação SCR-V — aplicada aos 15 meses nas crianças que já receberam a primeira dose de tríplice viral — e em formulação isolada, aos 4 anos.
    Indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora) são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

    Efeitos e eventos adversos:

    Após a primeira dose, 22% indivíduos vacinados com a SCR-V têm risco de apresentar febre. Esse percentual cai para 15% quando da aplicação das vacinas em separado. O risco de convulsão febril é discretamente mais alto após a primeira dose, quando é feita com a vacina SCR-V, em comparação com as vacinas separadas, o que equivale a um caso a mais para cada 2.500 crianças vacinadas. Na segunda dose de SCR-V, essas diferenças não acontecem e a quantidade de eventos adversos é a mesma após a vacinação com uma ou outra apresentação.
    Em 3% dos vacinados aparecem erupções na pele semelhantes às do sarampo. Esses sinais se instalam de cinco a 12 dias após a vacinação e desaparecem em poucos dias sem deixar sequelas.
    As reações locais acontecem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.
    Febre alta (maior que 39,5⁰C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Nesse caso, crianças predispostas podem apresentar convulsão febril, sem consequências.
    Em 0,5% a 4% dos vacinados também ocorrem dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza, de cinco a 12 dias após a vacinação.
    Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, durando em torno de dois dias, aparecem em 5% dos vacinados.
    Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados entre sete a 21 dias após a vacinação.
    Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.
    Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.
    A associação da vacina SCR com autismo está descartada.
    Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foi descrita na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação, mas sua ocorrência contraindica doses subsequentes.
    Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.
    Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacina.
    A anafilaxia é muito rara e ocorre com mais frequência nos primeiros 30 minutos, o que contraindica doses subsequentes.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.
    Crianças em uso de quimioterapia para tratamento de câncer, ou outras drogas que causam imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.
    Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

  • Vacina Varicela (catapora)

    O que previne:

    Varicela (catapora).

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da varicela, além de gelatina, traços de neomicina, água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha.

    Indicação:

    É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).
    Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

    Contraindicação:

    Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestantes.
    Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento é maior que o risco oferecido pela vacina.

    Esquema de doses:

    O sistema público disponibiliza narotina duas dose de varicela: na apresentação SCR-V — aplicada aos 15 meses nas crianças que já receberam a primeira dose de tríplice viral — e em formulação isolada, aos 4 anos.
    A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a seguinte entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, o uso da vacina SCR-V pode ser adotado.
    Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
    Em situação de surto na região de moradia ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses – essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada no futuro e a criança deverá tomar as duas doses de rotina, conforme já descrito aqui.

    Via de aplicação:

    Subcutânea.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    As crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.
    Crianças em uso de quimioterapia para tratar o câncer só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.
    Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma) devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.
    Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.
    De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. Já as lesões que surgem duas ou mais semanas após a aplicação da vacina são indicativas da doença provocada pelo vírus varicela zóster que foi adquirido antes da vacinação e ficou incubado.

  • Vacina HPV Quadrivalente

    O que previne:

    Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção.

    Indicação:

    O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina para:
    Meninas de 9 a 14 anos de idade;
    Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
    Meninos de 11 a 14 anos;
    Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
    A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos. Homens e mulheres em idades fora da faixa de licenciamento também podem ser beneficiados com a vacinação, de acordo com critério médico.

    Contraindicação:

    Gestantes e pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes.

    Esquemas de doses:

    A vacina é licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos aos 45 anos e para meninos e homens entre 9 e 26 anos. O esquema deve ser iniciado o mais cedo possível.
    São recomendadas duas ou três doses, dependendo da idade de início da vacinação.
    Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 - 6 meses).
    A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses).
    Independentemente da idade, meninas e mulheres imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 - 1 a 2 - 6 meses).

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Antes da vacinação, é preciso questionar a mulher sobre a possibilidade de gravidez. Contudo, se a vacina for aplicada sem que se saiba da gravidez, nenhuma intervenção se faz necessária.
    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Na Inglaterra, após dois anos de incorporação da vacina no calendário do governo, e da administração de 4,5 milhões de doses, somaram-se 4.703 eventos adversos. Desse total, 17% foram manifestações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço); 11%, manifestações alérgicas (urticária e prurido); e 37%, manifestações gerais como náuseas, vômitos e dor de cabeça. Foram registradas ainda reações psicogênicas (21%) descritas como pânico e desmaios causados pelo medo da injeção e não pela vacina – principalmente em adolescentes e mulheres jovens. Não ocorreu nenhum caso de doença neurológica, paralisia ou doença autoimune.

     

  • Vacina Hepatite A

    O que previne:

    Hepatite A.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.

    Na rede privada está disponível a apresentação pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos.

    Indicação:

    Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

    Contraindicação:

    Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

    Esquema de doses:

    Duas doses com intervalo de seis meses.
    As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas.
    O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 201​7, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar ​5 anos de idade.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
    Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.
    Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.
    Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.
    Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.

  • Vacina DTPa acelular

    O que previne:

    Difteria, tétano e coqueluche.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção.

    A quantidade de toxoide diftérico e de componentes pertussis é menor que na vacina infantil (DTPa).

    Indicações:

    Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
    Gestantes.
    Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.
    Contraindicação:

    Pessoas que apresentaram anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou após a administração de dose anterior.

    Esquema de doses:

    Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
    Recomendada para o reforço na adolescência.
    Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
    Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
    As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação, ​a partir da 20ª semana de gestação. ​Se não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose após o parto​, o mais precocemente possível (de preferência ainda na maternidade).

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
    Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
    Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.
    Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.
    A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.
    A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).

  • Vacina Dengue

    O que previne

    Infecção causada pelos quatro sorotipos de dengue: DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. A eficácia na prevenção da doença é de 65,5%; na prevenção de dengue grave e hemorrágica é de 93% e de internação é de mais de 80%.

    Do que é feita

    Trata-se de vacina atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus dengue, obtidos separadamente por tecnologia de DNA recombinante. Contém ainda aminoácidos essenciais (incluindo fenilalanina), aminoácidos não essenciais, cloridrato de arginina, sacarose, trealose di-hidratada, sorbitol, trometamol e ureia. O diluente é constituído por cloreto de sódio e água para injeções. Não contém adjuvantes e conservantes.

    Indicação

    A vacina está licenciada para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos e é recomendada para indivíduos previamente infectados por um dos vírus da dengue (soropositivos com ou sem história da doença).

    Contraindicação

    • Pessoas imunodeprimidas.
    • Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina.
    • Gestantes.
    • Mulheres amamentando.
    • Pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos). A aplicação, no entanto, pode ser avaliada por médico em áreas consideradas endêmicas, ou seja, onde pelo menos 70% das pessoas sejam soropositivas para o vírus.

    Esquema de doses

    Três doses com intervalo de seis meses.

    Local de aplicação

    Subcutânea.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação

    • É sugerido avaliar com seu médico a indicação da vacina, já que em pessoas vacinadas não infectadas previamente foi observado um risco aumentado de hospitalização e dengue com sinal de alarme (saiba mais em efeitos e eventos aversos).
    • Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda moderada a grave.
    • A vacinação de pessoas portadoras do vírus HIV deve ser avaliada por médico, que pode prescrevê-la se não houver comprometimento do sistema imunológico.
    • Em pacientes que receberam tratamento com doses elevadas de corticosteroides sistêmicos por duas semanas ou mais, é preciso adiar a vacinação até a função imunológica estar restaurada (no mínimo quatro semanas após a interrupção do tratamento).
    • As mulheres em idade fértil devem evitar engravidar por quatro semanas após vacinação.
    • Preferencialmente, não aplicar no mesmo momento em que outras vacinas são administradas.
    • Efeitos e eventos adversos
    • As reações adversas mais frequentemente relatadas foram: dor de cabeça, dor no local da injeção, mal-estar e mialgia.
    • As reações foram geralmente de gravidade leve a moderada e de curta duração (até três dias). O início foi tipicamente observado em até três dias após a vacinação, com exceção da febre, que surge dentro de 14 dias após a aplicação da vacina.
    • As reações adversas sistêmicas tendem a ser menos frequentes após a segunda e a terceira doses.

    Reações adversas possíveis:

    • Em ≥ 10% dos vacinados: cefaleia, mialgia, dor no local da injeção, mal-estar, fraqueza e febre.
    • Entre 1% e 10% dos vacinados: vermelhidão na pele, hematoma, inchaço e coceira no local da injeção.
    • Em menos de 1% dos vacinados: surgimento de gânglios (linfoadenopatia), tontura, enxaqueca, náuseas, erupção cutânea, urticária, dor articular, endurecimento no local da injeção, sintomas gripais.

    OBS: a febre foi menos frequente nos indivíduos com mais de 18 anos de idade. Hematoma e coceira no local da injeção foram menos frequente indivíduos dos 9 aos 17 anos de idade.

    • De acordo com estudos preliminares, pessoas que não tiveram contato com o vírus antes de se vacinar (soronegativos para dengue) apresentam mais chances de hospitalização (cinco a cada 1.000 pessoas) e de desenvolver dengue com sinais clínicos de alarme graus 1 ou 2 (duas a cada 1.000). Entenda:

    *Grau I: febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva.
    *Grau II: além das manifestações do grau I, hemorragias espontâneas leves, como sangramento de pele, nariz e/ou da gengiva e outros).
    OBS: A vacina não causa a doença.

  • Vacina Herpes Zoster

    O que previne:

    O herpes zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, e sua principal complicação, a neuropatia pós-herpética, responsável por dor crônica, prolongada, de difícil controle e extremamente debilitante.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina composta por vírus vivos atenuados da varicela zóster (VVZ) da cepa Oka/Merck, sacarose, gelatina, ureia, cloreto de sódio, levoglutamato de sódio monoidratado, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio monobásico, cloreto de potássio, traços de neomicina e de soro de bezerro e água para injeção. Não contém conservantes.

    Indicação:

    A vacina está licenciada para pessoas com 50 anos ou mais e é recomendada como rotina para maiores 60 anos de idade.

    Contraindicação:

    Pessoas imunodeprimidas.
    Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina.
    Pessoas com tuberculose ativa não tratada.
    Gestantes.

    Esquema de doses:

    Uma dose.

    Local de aplicação:

    Subcutânea.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.
    Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda.
    A vacinação de pessoas portadoras do vírus HIV deve ser avaliada por médico, que pode prescrevê-la se não houver comprometimento do sistema imunológico.
    No caso de pacientes que já tiveram herpes zóster oftálmico, ainda não existem dados suficientes para indicar ou contraindicar a vacina.
    Após quadro de herpes zóster, é preciso aguardar um ano para aplicar a vacina.
    Até o momento não foi observada transmissão do vírus vacinal e doença (varicela) a partir de indivíduos que receberam a vacina varicela zóster.

    Efeitos e eventos adversos:

    A segurança da vacina foi avaliada em mais de 30 mil indivíduos acima de 50 anos, inclusive em maiores de 60, 70 e 80 anos, mesmo naqueles com doenças de base (cardiopatias, pneumopatias, diabetes, etc.).

    A incidência de eventos adversos no local da aplicação foi de 34% nos indivíduos que receberam a vacina e de 6% nos indivíduos do estudo que receberam placebo ao invés de vacina. Em geral, foram manifestações de leves a moderadas: coceira, vermelhidão, inchaço, dor.

    Entre os eventos gerais relatados estão:

    Febre: ocorreu em menos de 1% dos vacinados.
    Sintomas respiratórios: em 1,7% dos vacinados.
    Diarreia: em 1,5% dos vacinados.
    Alterações na pele: em 1,1% dos vacinados.
    Cansaço: em 1,0% dos vacinados.

  • Vacina DTPa + IPV

    O que previne:

    Difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), vírus da poliomielite inativados (mortos) tipos 1, 2 e 3, sal de alumínio como adjuvante, 2-fenoxietanol, polissorbato 80, cloreto de sódio e água para injeção.

    Pode conter ainda traços de formaldeído, neomicina e polimixina B usados no processo de fabricação.

    Indicações:

    Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.
    Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPa e suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.
    Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às áreas de risco para poliomielite.
    Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.
    Contraindicação:

    Pessoas que apresentaram anafilaxia após uso de componentes da vacina ou dose anterior.

    Esquema de doses:

    Pode substituir qualquer dose de dTpa. Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
    Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
    Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

     

    Efeitos e eventos adversos:

    Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.
    Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura, coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.

  • Vacina Haemophilus influenzae tipo b – Hib

    O que previne:

    Doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    É composta de pó liofilizado com polissacarídeo da cápsula da bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) conjugado com toxoide tetânico, lactose, cloreto de sódio, água para injeção. As apresentações multidose contêm fenol. Na vacina disponível na rede pública há timerosal (derivado do mercúrio).

    Pode ser encontrada isolada ou combinada com a vacina tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa).

    Indicação:

    Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.
    Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.
    Contraindicação:

    Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

    Esquemas de doses:

    O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.
    Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças que aumentem o risco da doença: duas doses com intervalo de dois meses.

    Via de aplicação:

    Subcutânea ou intramuscular (nunca pelas vias intravascular ou intradérmica).

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Pode ocorrer dor no local da aplicação em 3% a 29% dos vacinados; e inchaço, endurecimento e vermelhidão em 0,2% a 17% deles.
    Em relação às manifestações gerais, a febre nas primeiras 24 horas após a vacinação é relatada por 1% a 6% dos vacinados; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal leve podem aparecer em 1% a 20% dos vacinados.
    Um a cada 600 mil vacinados apresenta alergia a algum componente da vacina, sobretudo ao timerosal (derivado do mercúrio), sendo mais raro em crianças e adolescentes.

     

  • Vacina Meningocócica B

    O que previne:

    Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não causa infecção.

    É composta por quatro componentes (três proteínas subcapsulares e vesículas da membrana externa do meningococo B), além de hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção.

    Indicação:

    Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).
    Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.
    Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
    Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

    Contraindicação:

    Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

    Esquema de doses:

    As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de duas doses (aos 3 e 5 meses de vida) e um reforço (entre os 12 e 15 meses) na vacinação infantil. No entanto, caso a primeira dose não seja aplicada aos três meses de vida, o esquema pode variar:

    Faixa etária de Início da Vacinação Número de Doses do Esquema Primário Intervalo entre Doses Reforço
    3 a 5 meses Duas Doses Dois Meses Uma dose entre 12 e 15 meses, no mínimo seis meses após a última dose do esquema primário.
    6 a 11 meses Duas Doses Dois Meses Uma dose entre 12 e 15 meses, no mínimo seis meses após a última dose do esquema primário.
    12 a 23 meses Duas Doses Dois Meses Uma dose, com intervalo de 12 a 23 meses en relação à última dose do esquema primário.


    *Crianças a partir de 24 meses e adolescentes devem receber duas doses, com intervalo de um mês, sem reforços. O mesmo vale para adultos com até 50 anos em situações que justifiquem a vacinação.
    *A vacinação pode ser antecipada para os 2 meses de vida. Nesse caso, são recomendadas três doses, com intervalo mínimo de um mês, e uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses, com intervalo de seis meses em relação às doses do esquema primária.

    Via de aplicação:

    Intramuscular.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
    Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
    Evitar aplicação simultânea com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.
    Pode ser aplicada no mesmo momento em que as vacinas meningocócicas ACWY ou C.

    Efeitos e eventos adversos:

    Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
    Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
    Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

  • Vacina Hepatite A + B

    O que previne:

    Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

    Do que é feita:

    Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

    É composta do vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. Também possui em sua composição: sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção.

    Indicação:

    Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.

    É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.

    Contraindicação:

    Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

    Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.

    Esquemas de doses:

    1.Adultos e adolescentes a partir de 16 anos de idade:

    O ciclo primário padrão de vacinação consiste em três doses: a primeira administrada na data escolhida, a segunda, um mês depois, e a terceira, seis meses após a primeira dose.
    Em circunstâncias excepcionais em adultos, quando uma viagem estiver prevista dentro do prazo de um mês ou mais após o início do ciclo de vacinação e não houver tempo suficiente para que o esquema-padrão (0, 1, 6 meses) seja concluído, um esquema de 0, 7 e 21 dias pode ser usado. Quando tal esquema é aplicado, recomenda-se uma quarta dose 12 meses após a primeira.

     

    2.Crianças de 1 a 15 anos de idade:

    O ciclo primário padrão de vacinação consiste em duas doses: a primeira é administrada na data escolhida e a segunda, entre seis e doze meses depois. Como a proteção contra a hepatite B não é obtida em todos os vacinados até depois da segunda dose, é
    importante administrar a segunda dose para assegurar a proteção contra a hepatite B.
    O esquema recomendado deve ser seguido. Uma vez iniciado, o ciclo primário de vacinação deve ser concluído com a mesma vacina

    Via de aplicação:

    Intramuscular profunda.

    Cuidados antes, durante e após a vacinação:

    Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
    Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
    Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
    Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
    Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

    Efeitos e eventos adversos:

    Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.